domingo, 8 de março de 2009

Sputnik, meu amor

sputnik

Este é segundo livro de Murakami que leio. Já li Kafka à beira-mar, e tenho Crónica do Pássaro de Corda em lista de espera.

A história gira em torno de três personagens: K, Sumire e Miu. K é o narrador, professor primário apaixonado por Sumire desde que se conheceram na faculdade e seu melhor amigo e confidente. Sumire é uma jovem aspirante a escritora, que desistiu da faculdade e leva uma vida dedicada à escrita. Nunca sentiu nada por K para além de amizade, e nunca se apaixonou até conhecer Miu. Esta última é uma mulher de meia-idade, casada e bem na vida que, para além de ajudar a gerir a empresa que era do pai, tem um negócio de importação de vinhos.

O encontro de Sumire e Miu, e a consequente paixão, é catalisador de todos os acontecimentos. Miu convida Sumire para trabalhar como sua secretária, o que a leva a viajarem juntas à Europa, em negócios. Durante a viagem depara-se-lhes a oportunidade de tirar uns dias de férias numa pequena ilha grega, que ambas aceitam prontamente. Durante essas férias Sumire desaparece, após confessar os seus sentimentos a Miu. Esta chama então K para a ajudar na busca por Sumire.

Murakami tem como sua imagem de marca o realismo mágico. Durante a primeira metade da história, até à viagem de Sumire, este estilo não está muito patente, apenas se revelando após a chegada de K à ilha. Não acho que esta divisão tenha resultado muito bem. Teria sido melhor integrar o surrealismo em toda a história, de modo a torná-la mais coesa.

Gostei muito do final, que é relativamente aberto. Estaria realmente Sumire a tentar voltar ao lado de cá, ou seria apenas a imaginação de K, movida pela saudade?

Achei um livro pouco acima média. Se este fosse o meu primeiro contacto com Murakami não ficaria muito tentada a ler algo mais deste autor.

Como esse não é o caso, vou insistir na restante obra.

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